Pavilhão da Toupeira
São Roque - SP
@ Pedro Ocanhas
PT-EN
São Roque - SP
@ Pedro Ocanhas
1 26
1 10
2024
Equipe
Luiz Paulo Andrade, Luciana Vada, Luiza Monteiro, Renan Bressani, Bruno Nakaya, Gustavo Sendai, Isabela Ziegelmann e João Vinícius Costa
Fotografia
Pedro Ocanhas
Tipo
Residencial
Área
150 m²
Local
São Roque - SP
Este projeto integra um conjunto de edificações que transformam a propriedade em um laboratório vivo de experimentação arquitetônica, onde convenções são desafiadas e novas possibilidades de integração entre ambiente construído e natural são exploradas.
O Pavilhão destaca-se por sua abordagem minimalista radical, buscando não apenas coexistir com a paisagem, mas tornar-se parte integrante dela. Caracterizada por linhas limpas e geometria simplificada, a estrutura evoca serenidade e ordem, fundindo-se harmoniosamente com o terreno circundante. O uso predominante de concreto aparente presta uma homenagem sutil à escola brutalista paulista, característica de outros trabalhos do escritório, criando uma estética crua e honesta que dialoga diretamente com o ambiente natural.
A integração paisagística é o ponto central do projeto. A construção incrusta-se no morro adjacente ao lago, criando uma simbiose visual que dissolve as fronteiras entre arquitetura e natureza. Esta fusão é acentuada pela laje de cobertura, transformada em um teto verde que funciona como extensão orgânica do terreno, oferecendo um mirante natural com vistas deslumbrantes do entorno.
Internamente, o pavilhão é um estudo de minimalismo funcional. O espaço fluido, com planta aberta, cria um fluxo contínuo entre as áreas de estar, cozinha e lazer. Elementos como o sofá rebaixado e a bancada em formato "U" são habilmente incorporados à arquitetura, minimizando a distinção entre estrutura e mobiliário. Esta abordagem integrada estende-se às áreas de serviço e equipamentos, discretamente dispostos, preservando a pureza visual do espaço.
O projeto transcende a mera funcionalidade, incorporando elementos artísticos que o elevam a uma obra de arte habitável. A composição escultural formada pela imponente parede de concreto e os três pilares que sustentam a laje cria um jogo instigante de volumes e vazios. A orientação solar e iluminação artificial, cuidadosamente projetadas, complementam esta composição, criando um dinâmico jogo de luz e sombra que realça as texturas do concreto e transforma o ambiente ao longo do dia.
Além de sua estética marcante, o pavilhão serve como um manifesto arquitetônico de inovação e sustentabilidade. O uso de sistemas construtivos simples, inspirados e adaptado à mão de obra e ao vernáculo local, demonstra uma abordagem inovadora à construção sustentável e perene. A edificação foi projetada para durar e ser flexível em sua utilização ao longo dos anos, incorporando discretamente sistemas de automação para iluminação, áudio e vídeo que complementam o design minimalista sem comprometer a estética limpa do espaço.
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Casa Lhama